Em Passo Fundo, animais resgatados em situação de maus-tratos já foram adotados

Nesta semana, um caso de maus-tratos revoltou a cidade de Passo Fundo, onde cerca de 700 animais foram resgatados em um ambiente insalubre e sem as mínimas condições de vida, no bairro São José.

Após a apreensão, o Batalhão Ambiental da Brigada Militar encaminhou os animais a protetores voluntários que fazem parte do Grupo de Estudos de Animais Silvestres da UPF. As especialistas em veterinária prestaram os primeiros atendimentos clínicos e depois organizaram as doações.

Por não se tratar de animais silvestres, eles não ficaram no Hospital Veterinário e permaneceram até a adoção na casa das voluntárias. Conforme a médica veterinária e professora da UPF Michelli Ataíde, a maioria deles estava com doenças e outros chegaram em óbito. Após a triagem básica, foi realizada a separação dos roedores. Ela reforça que os hamsters não podem viver juntos, pois são animais territorialistas e devido a isso acabavam se machucando.

Em 24 horas, foram doados 620 dos 700 animais resgatados. A veterinária ressaltou que muitas pessoas demonstraram interesse, mas nem todas conseguiram adotar, pois existe uma série de cuidados com essa espécie e nem todos os interessados preencheram os requisitos.

As doações ocorreram tanto em Passo Fundo quanto em cidades da região. Todas as pessoas que entraram em contato passaram por uma avaliação e retiraram os animais no local combinado.

Michelli frisou, que ainda há alguns hamsters para doação, mas devido as suas condições de saúde eles devem ficar um período em análise. Como a demanda foi grande, as pessoas que vão adotar já foram selecionadas e nos próximos dias irão levar os animais para casa.

A especialista faz um alerta de que, em qualquer doação ou compra de animais exóticos, é importante saber a procedência, pois em determinados casos pode configurar como crime.

Fonte e Foto: Rádio Uirapuru