Cárcere e tortura em boate: dona dizia agir sob ordens de entidade espiritual

Uma mulher de 45 anos, proprietária de uma boate em Vista Alegre do Prata, no interior do Rio Grande do Sul, foi presa suspeita de manter uma garota de programa em cárcere privado e submetê-la a torturas físicas e psicológicas.

De acordo com a Polícia Civil, os crimes teriam ocorrido ao longo de cinco meses. A mulher afirmava ter recebido um “aviso de uma entidade religiosa” que teria alertado que a vítima planejava matá-la. Convencida dessa suposta revelação espiritual, a suspeita passou a restringir a liberdade da funcionária, obrigando-a a trabalhar sem pagamento e sob ameaças constantes.

A denúncia chegou às autoridades após uma testemunha perceber ferimentos e sinais de violência na vítima e procurar ajuda. Durante o cumprimento dos mandados, os agentes encontraram vídeos e imagens que comprovam as agressões.

A vítima foi resgatada e permaneceu hospitalizada por duas semanas. Após a alta médica, foi encaminhada à rede de assistência social.

Além da dona da boate, outras três mulheres, com idades entre 31 e 32 anos, também foram presas por envolvimento nos crimes de tortura, cárcere privado e violência psicológica. O alvará de funcionamento do estabelecimento foi cassado.

O caso, que choca pela crueldade e pela justificativa mística apresentada pelas agressoras, segue sob investigação e será encaminhado ao Ministério Público.

Fonte: G1

Redação Clube FM 101.1 Jornalismo com Responsabilidade